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É tão facil


Nós estamos sujeitos a erros, aliás, somos seres humanos. Fomos feitos com defeitos. Sempre foi tão fácil criticar, julgar, quando não se trata de nós mesmos. Olhar com um ar de reprovação para o próximo. Julgar que o diferente do seu certo, de sua ideologia, seja a coisa errada. Dizer, apenas dizer, que ela não fez a coisa certa, e o que fez foi prejudicial a um grupo. Depois quem paga com a língua é aquele que quando teve a oportunidade de se expressar e em vez de tentar entender, criticou, julgou. Hoje, quem faz o que era errado é você, e quem sai como certo? Se ambos fizeram as mesmas coisas, porém em tempos diferentes. Julgue, critique e jogue suas pedras, mas só quando tens a certeza que não fez algo igual no passado ou que não fará no futuro.

Refúgio

No meio de tanta alegria, a tristeza me abateu pelos seus intermináveis minutos. Toda a felicidade que em mim transbordava evoluiu para uma angústia que não conseguia definir do que ela se tratava. Fui para meu refúgio, meu quarto. Lugar que quando não queria que ninguém soubesse me refugiava para chorar. Onde já dei as melhores risadas da minha vida solo. Onde encontro o meu piano e sou levado a minha infância pela bela canção que toco, “A whole new world – Alladin”. Vendo passos da minha trajetória de vida, tendências vividas e amores acabados. Perdendo-me na bagunça que sempre se encontra. Nos milhares de livros jogados ao chão, das poesias entulhadas na gaveta, das fotos, algumas rasgadas ou amassadas, e nos papéis em branco, alguns deles com inícios de frases intermináveis. Dentro desse refúgio privado, me deparei olhando seu retrato. Quanto tempo se passou desde nossas brigas e discussões juvenis. Três anos sem nenhum tipo de contato. E quando quase me perdia no meu passado, escutei umas batidas na porta, suaves. Sua foto caiu na bagunça interminável do meu quarto e Christine me chamou para sair daquela solidão. A porta foi fechada, mas até a noite sou obrigado a retornar. A não ser que ela me seqüestre novamente para o refúgio dos braços dela, e deles não me deixe mais abandonar.
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A história de cinema virou filme em preto e branco

Cada pessoa que passa na vida da outra é importante. Por mais que tenha sido apenas alguns segundos, ou que nem tenha sido notada. A vida passa tão rápida, que às vezes não percebemos que a pessoa que hoje está ao nosso lado, como amigo, companheiro ou até namorado, um dia passou e nem se quer foi notado.
Por isso nunca desperdice os encontros do acaso!
Alguns desses encontros podem resultar em várias decepções. Mas o que seria da nossa vida se tudo que acontecesse fosse somente acerto. Qual seria a graça de dar a volta por cima e fazer diferente na próxima vez, ou ao menos fazer a escolha diferente.
Até o erro, com o tempo, passa a não ser um desperdício!
Rasgar cartas para poder esquecer? Por quê? Quanto mais importância se der a isso, mais se sentirão glorificados com a sua depressão. Aprenda a viver feliz e pegue as histórias de cinema, jogue-as fora. Ou apenas deixem na sua gaveta empoeirada, detalhes de uma vida  que não te traz saudades nenhuma.
Não se preocupar, nem em aparentar que não está preocupado, pois isso é sinal de preocupação!
Mentiras são contadas todos os dias. Se pergunte, não fique achando que essa sua duvida de "por que isso existe" é inútil. O mundo não é feito de respostas e sim de perguntas (duvidas). Mas quando não vale a pena se perguntar, nem pense na possibilidade.
Às vezes a resposta já esta na sua cara e a pergunta continua a insistir!
Pare e analise se aquilo que te faz infeliz é realmente bom. A meu ver, nada que me faz infeliz é bom para mim. Esqueça, tenho certeza que outras coisas melhores virão. Às vezes o único trabalho que se tem para o que tanto se espera chegar é olhar e prestar atenção no que está ao lado. E quando você esta completamente feliz com sua descoberta, olha-se para trás e percebe que quem tentava te fazer infeliz, hoje é quem não tem felicidade.
Por isso de valor a quem realmente é importante para si e que com você se importa.

Lendo blogs

Ultimamente, lendo “blogs” de amigos e alguns outros, encontrei um post de 14 de maio de 2010. Olhei o “blog” do meu trabalho e também havia uma matéria minha publicada no mesmo dia. Vendo isso, pensei em uma história e comecei a escrevê-la:

“Certo homem há muito tempo atrás, achou que o melhor meio de crescer na vida era a partir de meios que nem ele acreditava que pudesse fazer, não pelo fato de não ter como, e sim por não ter a coragem. Então, ele, meio desanimado com tudo, resolveu fazer mesmo assim. Entregou um amigo, de longas datas, a polícia, um de seus piores inimigos. Ele foi torturado como um ser sem vida, como algo que não tivesse coração. Ele foi igualado aos piores bandidos que já puderam estar presente na terra, aos estrupadores, aos pedófilos. Perante todo o seu sofrimento, a única coisa que lhe restava, era entregar-se. Ele desistiu da própria vida. Ele não era um marginal, um estrupador e nem ao menos um pedófilo. O único erro daquele pobre mortal foi confiar sua amizade na pessoa errada. Ele morreu e depois, após saber de sua morte, o homem a quem o falecido confiará à amizade ficou arrependido do que fez, mesmo após ter crescido na vida e conseguido obter o que tanto queria. Seu nome era Judas, e o único erro que ele cometeu em sua vida, foi ter se intrometido na vida de Cristo.”

O mal é as pessoas começarem a se intrometer na sua vida sem ao menos encontrar uma caixinha escrita: “Deixe aqui sua sugestão!”.
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Regresso - I Parte


Seu coração saltava pela boca. Os olhos dele fixaram apenas em uma direção e tudo a sua volta já não era mais visível. Aquela casa com seu exterior completamente pintado de azul e o portão de cor branca acelerava seus passos e penetrava em seus olhos. Já se encontrava parado em frente ao portão e com o dedo ao botão do interfone. Os motivos que o levaram até ali eram uma incógnita profunda, não se sabia ao certo quais as suas intenções naquela casa, que nunca entrará. Como já era previsto, o botão foi apertado. Uma linda voz feminina perguntando quem era, soava por aquela pequena caixa tecnológica e acinzentada.
- Sou eu, Miguel.
Um silêncio inquietante surgiu após sua identificação e naquela pequena caixa já não se ouvia mais nada, apenas uma impressão de que a pessoa que atendeu ao interfone, não gostou ou se surpreendeu ao ouvir a voz e o nome dito.
- Camila?! É você? Por favor, responda.
- Um minuto Miguel. Estou descendo.
Apenas 47 segundos foram demorados para Camila descer do segundo andar, onde se encontrava ao atender o interfone, e estar ao encontro de Miguel no portão. Para ele era como se a eternidade durasse menos que aqueles míseros segundos. Miguel não tinha nenhum porte atlético. Não malhava, não praticava exercícios. Porém seu corpo era completamente proporcional e definido. Para as pessoas que não o conhecesse, achariam que freqüentava alguma academia de seu bairro. Ele vestia uma bermuda azul turquesa, levemente estampada com uma cor branca, acompanhado de uma camiseta branca, não muito apertada, porém que destacava uma das partes de mais beleza em seu corpo, seus braços. Não musculosos, mas que guardava com bastante carinho quem ali deitasse ou estivesse à procura de um abrigo. Por sua vez, Camila era completamente cuidadosa com seu corpo. Não passava um dia sem dedicar seus preciosos 60 minutos ou mais na academia. Alta, branca e com longos cabelos emplumados que despertavam a cobiça e a inquietação de quem o olhasse. O tom loiro era um caso à parte, pareciam se ouriçar toda vez que o sol os tocava, dando a sensação de que ele era muito mais claro que o normal. Sua beleza, não somente a exterior, transbordava completamente por qualquer lugar que passasse. Arrastava intensos olhares masculinos de admiração, além de muitos femininos, com uma determinada inveja a seu respeito. Sempre cuidadosa consigo, tinha uma pele macia, como se ao passar a mão em seus braços, estivesse tocando em puro veludo. Miguel, já não se recordava do quanto macia era sua pele, já havia passado três anos desde sua partida. Lembrava claramente aquele dia 20 de junho de 2005. Nunca se esquecerá da face calma e tranqüila de Camila. Ao partir, ela repousava sobre o sofá da sala, como uma menina que dorme tranqüila após o ninar de seu pai. Após a distância, este súbito encontro o deixava gélido. Suas mãos suavam de maneira que deixava umedecido o papel que estava em suas mãos, aliás, única coisa que se encontrava com ele naquele momento. Mesmo sempre carregando uma fiel mochila nas costas a qualquer lugar que fosse. Neste dia, abandonará. O choque deste encontro era visível nos 48 segundos, quando já estavam um de frente ao outro. Miguel não conseguiu dizer uma palavra, observava minuciosamente à roupa que Camila vestia. Uma das coisas que ele sempre trouxe na sua bagagem de adjetivos era ser observador. Camila estava tão casual que ele não reconhecerá a não ser pelo seu inconfundível sorriso. Ela vestia uma bermuda da colcci, um jeans claro e com aspecto velho, seguida por uma regata da pitanga na sua melhor cor branca, que realçava os seus seios de forma que Miguel nunca havia visto. ‘Como ela esta diferente!’, concluía em seu pensamento. Toda sua analise que estava sendo feita, foi completamente cortada por Camila quando ela perguntou o que ele queria.
- Só passei para poder ver se você realmente morava aqui, também para saber se estás bem!
- Depois desses anos, você me pergunta isso?! O que se passou foi que tentei esquecer para não sofrer.
- Você me desculpa? Não peço que volte para mim, somente que me perdoe. Isto, eu escrevi hoje. Pegue é para você.
Ela segurou o papel que se encontrava um pouco amassado, aparentando que ele havia desistido de entregar e tivesse amassado, porém depois voltado atrás e sem tempo não havia passado para um novo. Lendo a carta em pensamento, tentou conter a lagrima que escorria sobre sua linda face, mas não conseguiu.
- De onde surgem estas tais inspirações que parecem saltar de sua mente para uma folha de papel, loucas para serem registradas, de onde?
- (...) Não sei bem ao certo que coisa seria essa, mas não foi algo material. É como se um vento tivesse soprado no meu ouvido e as palavras foram sendo escritas a cada letra que ouvia.

Um silêncio tomou conta dos dois e o frio de uma tarde de inverno em São Paulo começava a se aproximar.
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Definição do quem sou


Se um dia tentarem me definir, irão chegar a uma conclusão que com meus olhos não conseguirei enxergar. Nunca fui um exemplo de ser humano e nem chegarei aos pés disso. Para ser mais sincero, nunca me fiz esta pergunta. Acho que quando penso em “Jefferson Loyola”, a única coisa que me vem na minha cabeça é o meu próprio ego que nunca é ferido nem pela maior e pior estaca. Quando começo a analisar mais afundo quem realmente sou, não chego a uma conclusão exata do que poderia ser a resposta desta pergunta. Sou uma pluralidade de sentimentos completamente aguçados a 30 vezes mais que o normal, pode ser que essa chegue perto de uma definição de quem sou, mas mesmo assim, ainda não completa todo o meu sentido de existência.
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Desencontro

 
Olho a cada instante sua foto retratada na tela do meu computador. Tento entender a cada momento, este detalhe que a vida me reservou. Um encontro marcado e um desencontro estando ao seu lado. Vamos voar querido? Estou aqui para aplacar toda a sua carência e dar-lhe todo o meu carinho. Beba do meu prazer, sacie-se do meu desejo. Passarei ao seu lado e nestes segundos você não será despercebido. O destino para muitos pode ser feito por acasos, para mim, é feito de desencontros. A vontade de encontrar é muito maior quando se é marcado e ao mesmo tempo perdido. Não por encontros do acaso, e sim aqueles que recebem uma dose a mais de êxtase e surpresa, por ter falho de primeira e melhor ainda quando é falho na segunda. Vamos ver o que acontece na terceira? É nesta parte que o encontro se torna caloroso ao ponto de poder levar-te para cama ou boas doses de preliminares para um ‘quarto’, quem sabe? Venha não fique mais sem rumo. A sua espera, a minha espera. Depende somente de você. Hoje amor, sou seu. Amanha me esqueças. Pois o tempo passa, o mundo entra em uma rotação leve, mas mesmo que para muitos seja imperceptível, sinto na pele a mudança, o clima, aquele vento, mostrando-me um novo rumo. Amor se quer algo seguro não me espere. A única segurança que terás de mim é que amanha partirei. Pergunta se eu voltarei? Quem sabe depois desses 364 dias e mais umas 6 horas. O destino é incerto. Marque e desencontre. Não chores querido, partirei. A cada cidade que passo, se deixo um coração partido, dela um pedaço levarei. Não pense, sinta. Deixe este amor te corromper e quando não tiveres tripa para ser diluída, esqueça. Eu sempre levarei uma parte de cada, formando a minha história. E estes detalhes vão, lentamente, me fugindo a memória.
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