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A morte do palhaço interior

Já não se vê mais um traço de alegria,
Aquele que brincava de atuar e atuava sem brincar
Mergulhou na profunda solidão e dor.
Assédios e adultérios penetram sua alma.
Perde-se o olhar e a face infantil
Mostra-se a dor de um homem
Que não agüenta mais o fardo da vida
Que já se acostumou com a escuridão

Trocam-se dias por noites
Já faz tempo que não vê o por do sol
Não sabe se irá agüentar
As luzes fortes em seus olhos sombrios
Aqueles olhos tristes em seu rosto
E embora ainda colorida a sua face
Não se vê mais a felicidade ou um sorriso
Somente marcas amarguradas de sua vida

Lagrimas escorriam
Arrancavam à tinta de seu rosto
Cores se misturavam
Não se via mais a beleza de antes.
Não sabia o que havia acontecido
Para todo aquele transtorno
O sorriso que iluminava o picadeiro
Foi-se com a partida do circo.

3 comentários:

Kareen disse...

Não se vê mais a felicidade ou um sorriso
Somente marcas amarguradas de sua vida

(...)

Nany Rabello' disse...

"enxugas as lágrimas
e me dê um abraço
e não te esqueças
que és um palhaço
faça a platéia gargalhar
um palhaço não deve chorar"

Jefferson Loyola disse...

Como sempre te adoro Nane e saiba que por vc as lagrimas todas secam!

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