Leito portátil da vida

Num tablado vazio, onde apenas um foco em penumbra o ilumina, surge uma criança que acaba de nascer e traz consigo signos, ideologias, livros e todo o conceito de desejo carnal. Um solitário espectador assiste minuciosamente a cada passo desse neófito que brinca de atuar e atua sem brincar. Olhar sereno, voz mansa, sorriso intenso, passos ora longos, ora curtos sem medo de tropeçar caminha sua própria história. Cria seu monólogo improvisando falas e construindo seus textos a partir de elementos que a vida sugere. Cresce, despido de vestes, atinge a idade dos anjos. Conversa sobre sexo, traições, idolatrias, escrituras e toda a moralidade de amor eterno. O foco o acompanha até o procênico, interage com o solitário espectador e o convida a subir no palco para interpretarem juntos a magia de viver. Ao som daquela música, dá-se o desfeche perfeito aos amantes celestiais, enquanto, lentamente, fecham-se as cortinas.
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Trakinas, Fandangos e Coca-Cola

Todas às vezes, lembrava-o, de como era a maioria de suas tardes, naquele colégio em que tanto se via excluído. Chegava atrasado na maioria das aulas sempre com um ar de não estar incluído dentro dos assuntos e que a maioria dos olhares da turma se voltava contra ele, não se sabe ainda ao certo se era apenas imaginações de sua mente ou se tudo aquilo que ocorria a seu ver era mesmo o que realmente acontecia. Sentava na primeira cadeira que visse vaga e sempre o mais próximo de seus amigos, ou que achava que fossem. Miguel ia à direção de Karollyne, que por sua vez estava sempre de costas conversando com Camille. Olhava a cadeira mais próxima e ali colocava seus pertences. Nem todas às vezes conseguia sentar bem ao lado, mas sempre próximo. Ao passar 2h 30min, chegava a hora em que sempre esperava ansioso. A hora em que não se ouvia falar de estudos de maneira nenhuma e se via fora da sala de aula, conversando com amigos sobre as coisas mais fúteis da vida, o intervalo. Lembra-se que em todos estes intervalos, sentava-se ele, Karollyne, Camille, Gisele, Jorge e Lucas. Sempre com um pacote de trakinas de chocolate, que às vezes modificava pelo sabor de morango, um pacote de fandangos sabor presunto e uma Coca-Cola em lata, às vezes duas. Sentavam-se, comiam e falavam asneiras, sempre com bons sorrisos e que muitas das vezes não tinha nem motivo para tê-lo no rosto. Logo em seguida voltavam para a sala de aula, após terem passado, de uma maneira ligeira, aqueles 20 minutos de prazer.
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Infortúnios da virtude

Dia 24 de dezembro para 25 de dezembro de 2009. Isso mesmo, natal. As comemorações se seguiam e já era 3h da manha e todos iam rumo a suas camas. Sem sono resolvi ler o livro “Os infortúnios da virtude” de Marques de Sade. Venho há muito tempo querendo lê-lo, porém a preguiça tomava conta de meu ser e não conseguia. Exatamente das 03:15h até as 11:45h, li todo o livro e praticamente fiquei fascinado com a história que me prendia e não conseguia parar de lê-lo.

Contando primeiro por que do interesse de ler o livro, foi devido ao ponto de vista de um amigo muito querido que me apresentou-o e fiquei curioso com o que ele me demonstrou. Sendo que meus princípios em relação ao livro, vai totalmente contra a toda a tese que ele me apresentou. Vamos primeiro a uma pequena apresentação a vocês sobre o livro e depois ao meu ponto de vista em relação a ele.

Os infortúnios da virtude – Marquês de Sade

A história começa na percepção de vida da Senhora Lorsange. Já se é revelado que senhora Lorsange volta ao passado e relembra quando tinha 15 anos de idade e se chamava Juliette e estava prestes a ser expulsa do convento junto com sua irmã Justine, 12 anos, logo após o falecimento de sua mãe e devido também à complicada situação financeira de seu pai, que as abandonará. Justine e Juliette tinham idéias de vidas diferentes. Enquanto uma queria seguir os princípios virtuosos da vida a outra só queria ser uma dama da alta sociedade, não se importando com os meios de consegui-lo. Após cada uma receber uma determinada quantia em dinheiro, elas se separam, sendo que cada uma seguia seus destinos sem a pretensão de se ver novamente.
Nesta determinada hora, Marquês de Sade, começa a narrar como que foi o primeiro dia e o segundo dia de Justine em seu caminho virtuoso, e logo em seguida a esquece e começa a narrar à vida de Juliette e como ela se tornou a Senhora Lorsange, logo após ter assassinado seu marido, e ter conquistados muitos títulos importantes aos 15 anos, sempre usando de caminhos tortuosos. E voltando para a vida que tem hoje.
Num determinado momento da vida da Senhora Lorsange, onde é narrada à história, em sua vida atual, entra uma personagem que não revela seu nome e muito menos dados de seu nascimento e de sua família. Apenas, devido a estar condenada, começa a narrar sua vida e os fatos que a levaram a Paris para ser execrada a pena de morte. Com o decorrer da narrativa a Senhora Lorsange, ela define seu nome como Sofia. Sofia perdeu seus pais muito cedo e sem parentes próximos sofre por ter que se virar na sua sustentação muito nova. Na procura de emprego para poder se manter, e sem conseguir acha-lo em lugar algum. Recebe uma indicação para ir trabalhar na casa de Du Harpin, fazendo serviços domésticos. Depois de uma proposta bastante corrupta de seu patrão para roubar pertences de seu vizinho, ela o recusa, devido seus princípios virtuosos, o que acarreta um grande ódio de seu patrão a sua atitude. Du Harpin chama a policia e a acusa de ter roubado um diamante, como vingança devido ao seu ato de repugnação ao pedido de roubo, e o que acaba sendo comprovado pela policia, ao acharem o diamante que seu patrão plantou dentro de seu aposento. Presa e condenada à forca ela tem sua vida salva por uma mulher chamada Dubois, que por causa de muitos crimes, também tinha sido condenada à forca no mesmo dia de sua executação. Dubois planeja junto com seus cúmplices um incêndio dentro da prisão que faz 10 pessoas morreram queimadas e ajuda na fuga das duas. Dentro de um bosque onde Dubois considera todos salvos, ela a convida para entrar para sua gangue e Sofia sempre seguindo o caminho da virtude, rejeita. Os quatro homens cúmplices de Dubois queriam que Sofia, que ainda virgem, devesse passar pelas mãos deles. E mesmo ajoelhando e implorando aos prantos pela sua virgindade a Dubois, que não liga muito para sua suplica, teve seu pedido negado. Na briga entre os quatro homens, devido a quem iria ser o primeiro a ter a Sofia, e na tentativa de apartar a briga de Dubois. Sofia viu ali uma oportunidade de escapar e correu pra dentro do bosque até conseguir se sentir completamente segura.
Descansando a margem de uma árvore, passa a noite ali. Logo na manha ouviu um barulho e uma conversa. Acabara de presenciar a consumação de dois homens ali no bosque. Depois do ato sexual, um deles ao ir fazer sua necessidade em uma árvore, notou a presença de Sofia. O Marquês de Bressac após ter ouvido seus infortúnios até ali e sem se apiedar de sua situação, ameaçou-a e levou-a para trabalhar na casa de sua mãe, a Condessa de Bressac. Após ela narrar todos seus infortúnios e provando ser uma pessoa ingênua para a Condessa, ela foi aceita para trabalhar lá. Sofia passou um bom tempo trabalhando para Condessa, que por sua vez, pegou muito afinco a sua pessoa que até confiava a ela segredos. Sofia vendo os atos impugnosos do Marquês tentava corrompe-lo com discursos religiosos. E mesmo sabendo da sua homossexualidade, sentia uma atração de ternura pelo Marquês e desenvolvendo uma grande paixão por ele. O Marquês de Bressac, ainda não sabendo desta paixão que Sofia sentia por ele, seduzia a pobre menina para apenas poder inseri-la em seu plano para matar a sua mãe e ficar com todas as riquezas dela. Após ter contado e pedido segredo a Sofia, ele pensa que ela irá ajudá-lo no plano. Sofia aceita apenas para tentar manter a mãe viva e para não comprometer a vida de seu jovem amor. Não vendo saída, Sofia conta a verdade a Condessa. O Marquês descobre toda a verdade e envenena a mãe, deixando a culpa cair sobre a Sofia, além de bater nela amarrada numa árvore no bosque e deixa-la completamente ensangüentada. Deixando-a viver, ele diz para ela sumir e nunca mais aparecer ali se não quer morrer. Mais um infortúnio acontece na vida da pobre criatura. Andando sem rumo para o mais longe da França, encontra ajuda, em um pequeno vilarejo, de um médico chamado Rodim. Após um mês de repouso, ela estava currada. Rodim oferece-a um lugar onde ficar e paga pelos seus serviços domésticos. Quando Sofia acha que sua vida está começando a melhorar, ela ouve um choro de criança no porão da casa. Sabendo que o médico não é casado e muito menos tem filhos, ela vai ao encontro da criança, e pergunta o que ela esta fazendo ali. A criança por um momento para o choro e responde que estava com seu pai no bosque e uns homens a seqüestraram, colocando-a dentro de um saco. Apavorada com a situação e sabendo que Rodim com um de seus amigos, também cirurgião, iria fazer uma cirurgia na criança, que acabaria com a vida dela. Ela então, resolve ajudar a criança a fugir enquanto seu patrão não estava em casa. Para a situação de fuga da menina parecer que ela mesma conseguiu tal proeza, Sofia danifica a fechadura e coloca a chave no local onde seu patrão a deixou. Na volta do patrão a casa junto de seu amigo, ele percebe a ausência da criança e tem toda a certeza de que a culpada da fuga é Sofia. Eles pegam Sofia e nela fazem uma cirurgia, após o incentivo do amigo de colocá-la no lugar da criança deixando, também, uma marca feita com ferro e fogo, um símbolo que se fazia em bandidos nas cadeias, e logo em seguida a deixa jogada na entrada de um bosque.
Andando para chegar a Grenoble, ela acaba indo para em um convento. Achando que ia ali professar sua fé, acaba caindo em um dos piores infortúnios de sua vida. Liderado por quatro reverendos: Padre Rafael “Italiano”, Padre Clemente, Padre Jerônimo e Padre Antonin. Os padres eram totalmente libertinos. Abusavam e trancafiavam jovens nas torres do convento, usando-as para os prazeres sexuais deles. Naquele momento Sofia perde involuntariamente e de maneira brutal sua virgindade. Após anos de servidão aos Monges, com a saída de Rafael e Clemente, e a súbita entrada de novos padres, todas são libertas e vão embora prometendo não contar nada daquele lugar onde muitas jovens passaram os piores momentos de suas vidas, inclusive Sofia. Saindo do convento e indo a caminho de Delfinado, resolve ajudar uma senhora que vinha mendigando ao caminho, e acaba sendo assaltada por ela, sem chance de reação. Continuando seu caminho e nunca desviando de suas virtudes, encontra Dalville que acabará de ser pisoteado por dois homens a cavalo. Correndo para ajudá-lo e usando as únicas coisas que tinha consigo, ela o reanima e ele para ser grato oferece-a um emprego em seu castelo. Sem pensar duas vezes e vendo que sua sorte estava mudando, ela vai ao encontro do castelo nas fronteiras de Delfinado, junto com ele. Chegando lá, ela meio assustada com o local, acaba sendo por ele enganada e é feita de escrava e colocada para trabalhar nua, rodando a alavanca, junto com mais duas moças, também nuas, para aumentar o nível de água para a criação de moedas falsas. Todas as noites em seu descanso, Dalville ia ao aposento de Sofia e mantinha relações com ela de maneira forçada. Dalville enriquecendo trocando as moedas falsas por títulos na Itália, parte para Veneza e deixa um substituto em seu lugar. Roland entra em seu lugar e com um gênio virtuoso, acaba com a servidão escrava das três mulheres e coloca-as em serviços domésticos dentro do castelo, deixando-as em aposentos melhores. Mas como todas as coisas que começam a dar certo na vida de Sofia, logo após começam a desandar, essa não seria diferente! A policia invade o local onde ocorre a produção de moedas falsas e prende todos. Chegando a delegacia os policias após ver a marca deixada que Sofia tem nas costas por Rodim, condenam-na culpada logo de cara, e tem as mesmas sentenças que os outros. O senhor S. que ao se deparar com a ingenuidade de Sofia e se dispõe a ouvir todos seus infortúnios, se comove com sua história e assume o papel de seu advogado de defesa. Consegue declara-la inocente e faz com que ela fique na cidade para procurar um quarto para ficar. Na procura desse quarto em Grenoble, reencontra Dobois, quem salvou sua vida há 10 anos atrás. Dobois propõe a ela que saia com um de seus “amigos”, Durbreuil, que é apaixonado por Sofia, para poder roubá-lo. Ainda com pretensões virtuosas, aceita a proposta com o intuito de alertar Durbreuil sobre toda a verdade. Ela avisa Drubreiul, da tal iniciativa de Dobais, que acaba morrendo envenenado e a culpa cai sobre os ombros de Sofia. Com a ajuda de um dos amigos de Drubreiul, que antes de sua morte o confessou coisas que favoreciam a defesa de Sofia em seus últimos suspiros, mas que não era suficiente, ela foge com Bertrand e seu filho de 18 meses para Lyon. Após chegar a Lyon e não passando muito tempo na cidade, vão para Villefranche, onde se hospedam em um hotel que acaba sofrendo um incêndio. Na tentativa de salvar o bebê de Bertrand, que por sua vez no desespero corria para salvar a sua vida e esquecia de seu filho, ela o pega e tenta correr, porém mais um infortúnio viria para sua vida. Ela devido a um mau jeito, acaba tropeçando, e deixa o bebê cair às chamas. O que faz ser chamada por Bertrand de assassina e causadora do incêndio.
Após disso tudo acaba sendo levada de Villefranche para Lyon para sofrer julgamento. E após condenada indo para Paris cumprir a sentença, que era de morte em até oito dias. Contando tudo isso a Senhora Lorsange e ela ficando comovida com toda a história daquela pobre criatura, junto de seu marido, Senhor de Corville. Ela implora aquela moça com tantas virtudes que lhe de detalhes de seu nome e de seu nascimento, podendo achar que ela fosse a Justine. Ouvindo isso, Sofia emociona-se e diz o nome Juliette?
As duas irmãs haviam se encontrado novamente e o Senhor de Corville, acabará de conseguir o alvará de soltura da irmã da Senhora de Lorsange. Depois de muitos tratamentos, que fizera sumir todos os traços de infortúnios de seu corpo, incluindo a marca de suas costas. Justine, após alguns momentos felizes na casa de sua irmã. Sentia que o que estava recebendo não era para ela, que o que merecia era o sofrimento e o infortúnio. Após alguns dias tristes, pelos cantos, em um dia de chuva, com muitos trovões e tempestades, no salão da residência de Juliette, onde todas as portas e janelas estavam abertas. Juliette com medo dos trovões pediu para que Justine fechasse as portas e janelas. E quando seu marido o Senhor de Corville chegará a casa e depois de ter enfrentado por um tempo os ventos para poder chegar a uma das portas, Justine fora atingida por um raio que entrara em seu peito e subira até sua face deformando-a toda e jogando-a ao meio do salão. Juliette deu um grito e desmaiou, enquanto o Senhor de Corville chamou os médicos que conseguiram reanimar Juliette, porém não conseguiram salvar a vida da pobre Justine. Juliette, após o pedido de retirar o corpo de Justine, feito pelo marido, disse não. Olhou atentamente ao corpo e se despediu do marido, abandonando-o. Foi para um convento de Carmellitas, transformando o fim de Justine em exemplo de correção de sua vida libertina. Justine morrerá após seus infortúnios e Juliette após ter sido uma mulher mundana, passa a ser corrigida.

Este é o pequeno resumo da Obra de “Infortúnios da Virtude” de Marquês de Sade.

Minha opinião sobre a obra:

Muitos podem dizer que é o bem x o mal, mas não. É o bem lado a lado com o mal, demonstrando que a cada atitude boa que se faz, virá uma mal e vice e versa. Demonstrando que todas as atitudes virtuosas de Justine (Sofia) seguiram de infortúnios sofridos por ela, e que todas as corrupções ou libertinagens, feitas pelos outros personagens contra Justine (Sofia), seguiram de gratificações que receberam. Um exemplo disso são os caminhos ótimos que cada personagem que fazia algo de errado recebia:

A primeira a trilhar as veredas de suas más atitudes é Juliette que se torna a Sra. Lorsange, uma mulher muito rica e de muitos títulos que já se esquecerá de todos os males causados para chegar até ali.
O Sr. Du Harpin que consegue chegar à riqueza roubando jóias de seu vizinho.
O Marquês de Bressac que se torna um homem rico, com muitos títulos, após ter matado sua mãe, Condessa de Bressac.
O Sr. Rodim, médico cirurgião, que trilha os caminhos do sucesso na Suécia após ter causado várias mortes de crianças, que ele mesmo seqüestrou em Paris.
Os padres Rafael e Antonin, um nomeado General da Ordem de São Francisco, pelo Papa, e outro guardião de Lyon, sendo que os dois flagelavam as moças jovens e inocentes dentro do convento Sainte Marie des Bois após seqüestrá-las.
O Dalville que se torna um homem rico e com muitos títulos na Itália, Veneza, vendendo pedras falsas em Delfinado.
E por fim a Dubois que de uma ladra passa para a mulher mais bem educada e correta da França.

Enquanto as atitudes virtuosas de Justine só a fazem cair em infortúnios como: Rejeita participar de um roubo e acaba sendo culpada de ladra, rejeita participar de um assassinato e sai como culpada, ajuda uma criança inocente a fugir de um homem que iria matá-la em uma cirurgia e acaba maltratada por ele, vai orar em um convento e cai na mão de 4 monges libertinos e perde sua virgindade a força, vai dar esmolas a uma mendiga e é assaltada por ela, ajuda um homem a beira da morte e se torna escrava dele, ajuda o homem que quer se casar com ela a não ser roubado e acaba o perdendo envenenado por quem achava que era sua amiga, tenta salvar uma criança que a mãe esquecerá na hora do incêndio e sai como culpada não só da morte da criança, mas também, do incêndio.

Existem duas formas de se enxergar a visão de Sade em relação ao seu livro.

Sade não se encontra de maneira alguma em papel de Justine devido sua história de vida. De acordo com a história de vida de Sade, ele se encontra no papel das pessoas que tentam levar Justine ao caminho da libertinagem.
Porque Sade se encontra nesses personagens e dentre eles, qual personagem se encaixa mais ao perfil de Sade?
Devido às coisas que se contam da história de vida dele. Ele foi preso por devassidão, blasfêmia e profanação da imagem de Cristo. A personagem Justine em todos os momentos demonstra uma adoração quase que fanática por Cristo ou Deus, o tratando sempre pelo nome de Providência. Justine é uma personagem que tenta trilhar seus caminhos a partir dos ensinamentos religiosos que recebeu dentro do orfanato de que fora expulsa logo no inicio da história, seguindo um caminho de virtudes em que acredita. O marquês tem uma história de vida de libertinagens, anti-cristo, preso por seduzir uma mendiga por quem ficou encantado, prende-la e flagela-la, e também preso por sadomia e envenenamento. Todos são atos dos que agem contra Justine (Sofia). Todos os que agem contra Justine (Sofia) pode encaixar-se no papel de Sade, mas dentre eles o que se encaixa mais em seu perfil é o de Marquês de Bressac, devido a seguinte parte que se diz no livro: Fala do Marquês de Bressac a Justine (Sofia): “Todas as religiões partem de um principio falso, Sofia, dizia-me ele, todas julgam necessário o culto de um ser criador; ora se este mundo eterno, como todos aqueles em meio aos quais ele flutua nas planícies infinitas do espaço, jamais tiveram um começo e jamais devem ter um fim, se todas as reproduções da natureza são resultados de leis que se encandeiam, se sua ação e sua reação perpétua supõem o movimento essencial à sua essência, a que reduz-se o motor que lhe dais gratuitamente?(...)”
Mostra a maneira de Sade não acreditar na presença superior de um Criador, Deus ou Cristo. A maneira de se olhar para o livro é que Sade se apresenta em todos os papéis que não sejam Justine, tentando colocar o leitor nesse papel. Servindo como um meio de tentar fazer o leitor desacreditar nas virtudes que existem no mundo e mostrá-lo o que realmente acontece em volta dele. E que no final quase consegue demonstrando as dúvidas de Justine em realmente existir uma Providência, “Deus”, e seu total desagrado em relação às coisas boas que acontecem ao lado de sua irmã, achando que só está ao mundo para sofrer. É esta a maneira que Sade encontra de tentar corromper o leitor a acreditar que o mundo não é feito de virtudes, colocando o leitor ao papel de Justine.

Sade esta completamente no papel de Justine se mostrando sofredor de suas virtudes. Ele tenta dizer que seus feitos, como dizem a sua trajetória de vida, não se passam de coisas que fizeram contra ele, demonstrando que ele não fez nenhum daqueles atos e que todas as coisas foram armações que fizeram contra ele por ser uma pessoa virtuosa.

Nas duas formas de se ver a visão de Sade em relação a sua obra, acredito mais na primeira visão em que ele tenta corromper o leitor colocando-o no papel de Justine. Todas as falas dos personagens que agem de maneira contra Justine tentam levá-la para o caminho da sadomia, tentando corrompe-lá. E a forma de se acreditar que há mais a "pessoa" Sade nesses personagens do que em Justine, é devido as falas desses personagens persuasivos serem sempre mais articulosas e as de Justine sejam sempre de duvida, vindo com perguntas a eles. Justine não escolhe a dor visto que simplesmente quer ou que gosta de sofrer, é porque não vai contra suas virtudes e escolhe este caminho, não esperando o sofrimento e sim a sua felicidade. Justine é a visão de Sade em relação a nós, leitores. Que sofremos por tantas coisas na vida e que chega uma hora de felicidade e que já acreditamos que algo de ruim irá acontecer. A maneira que Sade viu para retirar a personagem virtuosa desse mundo libertinoso, não foi simplesmente mudá-la de lugar e sim levá-la a outro plano com o pensamento que nesse mundo não há lugar para tanta virtuosidade como a de Justine. Sade nos coloca no papel de justine e tenta nos persuadir a olhar que não há pessoas boas ao nosso redor, elas somente estão em peles de cordeiro.
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Situação deplorável

O Baterista da banda strike, Cadu, propõe uma aposta com seus colegas de banda e equipe que no qual era: tomar um drink que mistura suco, vodka e sua própria urina. Além de ele fazer esta idiotice considerada por eles uma brincadeira, dá pra uma fã beber sem saber o que tinha na mistura e após ela beber a mistura, ainda sem saber, pede para ela dar uma outra golada novamente. Totalmente lamentável esta situação que a bandinha de garagem ocasionou para a sua fã. O sucesso veio rápido demais a cabeça e ainda não conseguem lidar com os prazeres da fama!

Veja o video abaixo:

Leia crítica de Regis Tadeu, colunista do Yahoo! Brasil

Eu espero nunca mais ter que citar esta banda em meu blog e muito menos o nome deste cara (escrito aqui para que meus leitores possam lembrar para sempre de fugir do local onde ele estiver). E torço para que o diretor do “Rock Estrada”, do Multishow, que exibiu a cena deprimente, mude o escopo do programa antes que seus filhos, sobrinhos ou qualquer menino que ame aprendam a fazer o mesmo. E que suas filhas, sobrinhas ou qualquer menina que ame caiam numa cilada como esta.
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O dia M

Começou de madruga quando não conseguia dormir pelo fato de ter uma rebelião de moscas no meu quarto. Peguei SBP e taquei nelas todas. O foda foi ficar catando uma por uma, que estavam mortas, em cima da minha cama. Enfim, dormi bem, depois de acabar com as malditas.
Acabei me atrasando para ir fazer a prova da Casa da Moeda e consecutivamente acabei perdendo a carona gratuita até o local da prova, snirf! E o melhor é que foi tudo por causa de uma bruxa ou borboleta, que por sinal era enorme, que me atrapalhava ao tomar banho. Obs: como aquela coisa conseguiu entrar no meu banheiro?
Então, numa correria para ir pra estação de trem, acabei esquecendo a caneta. Parei no primeiro lugar que vi e perguntei, “Vende caneta?”. Era numa padaria e o rapaz me respondeu: “Não”, com uma cara de “claro que não, é obvio” ¬¬
Corri pra um supermercado, aliás, qual papelaria abriria as 7 da matina em pleno domingão de sol?
Chegando no supermercado uma moça muito simpática disse que não vendia caneta também e reparando minha extrema preocupação me deu sua caneta azul!
Ali meu dia já tava valendo a pena pelo gesto de ajuda daquela moça!
Uma pequena pausa para um comentário: Já comentei que odeio as musicas das estações ferroviárias tanto quanto as de elevador?
Voltando. Lá estava eu desesperado, pois o desgraçado do trem não chegava e eu corria risco de chegar atrasado e perder a prova. Entre um intervalo e outro da nossa querida rádio da estação ferroviária, me vem a seguinte noticia: “Ana Maria Braga ensina a fazer rabanadas”. ¬¬
Ok... Depois pego a receita. Enfim o trem chegou e aquilo estava infernal em pleno domingo, mas tudo bem, tirando o cheiro horrível de perfume barato, snirf!
Pelo menos tive uma boa noticia, passo mal todas as vezes que ando de trem, ou será que foi por causa do delicioso perfume?
Sei lá, mas depois de ficar um tempão dentro do trem, conseguir chegar a tempo e logo em seguida descobri que não será aceito caneta azul, só preta, é dose! ¬¬
Então como não tinha escolha tive que morrer na mão de um camelô por uma caneta preta: R$ 2,00 numa caneta que nem é big e nem compacto, é slim! Que marca é essa?
Pelo menos funcionou!
Até que enfim que algo de bom aconteceu, a prova tava ridícula de fácil e depois de tudo que aconteceu resolvi não voltar de trem e sim de metrô com integração de ônibus intermunicipal. E quando tava achando que meu dia realmente tava melhorando, com a cabeça encostada na janela do ônibus, me vem uma mosca e pousa no meu braço. OMG_ snirf... Ninguém merece.
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Dedicado a vocês - Formandos 2008

Formandos Huback 2008 - Lá se foi um ano de formação e ai estamos, alguns se foram e nunca mais vi, outros com contatos repentinos e alguns que vejo todos os dias:
Lembro como se fosse hoje, o dia em que cantavamos, chorando, a vitória na gincana, onde todos choravam não somente pela vitória e sim pela turma estar se separando. A vida é feita de etapas, e passamos cada uma delas com amigos diferentes e conhecendo novas pessoas. Alguns hoje já estão trabalhando, outros fazendo faculdade, alguns dormem o dia todo em casa, mas não importa. O que importa é que passamos por uma grande etapa de nossas vidas, uma etapa que a cada dia que passa lembro e sinto muita falta por não ter tanto contato com vocês como tinha no colégio. Olho para algumas pessoas hoje e não as reconheço, muitas mudaram, amadureceram. Outras continuam as mesmas de sempre. Vejo que muitas se afastaram muito enquanto com outras os laços se fortaleceram mais e mais.

Naquela arvoré na antiga rua onde sentavamos todos os dias, para fazermos nossas algazarras, conversar, estudar ou até mesmo ficar um tempinho para matar alguns minutos da aula inicial, ainda está cravado e desenhado aquele coração, com tinta de uma antiga caneta de cor vermelha, e com os dizeres 3001 de 2008 dentro!

A cada dia da minha vida reconheço que vocês foram muito importantes para a formação que tenho hoje e como diz o trecho daquela música: "Por onde quer que eu vá vou te levar pra sempre, a vida continua", vocês estão todos em meu coração e minha vida não seria a mesma se vocês não tivessem passado por ela.

Musica em homenagem a vocês: Por Enquanto
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O ceifador do meu coração

Coloquei as mãos nas águas de um rio caudaloso e da lá tirei um diamante misterioso e raro que refletia a face de uma mulher, com cabelos curtos e loiros. A noite já tomava conta daquele vale. Em um momento não reconheci aquela linda face que se refletia, e fui vagarosamente dormir no celeiro, cheio de palhas, e guardando aquela jóia em meu bolso. Após ter caído em sono profundo, pela madrugada, acordei estupefato, pois o diamante brilhava intensamente. Tentei fechar os olhos e quando percebi, já não sabia onde estava, nem onde o diamante se encontrava. Naquele celeiro, um silêncio pairava, enquanto ao amanhecer o diamante voltava, como por vida própria, em direção ao rio para roubar-lhe mais uma alma. Um homem roubou sua alma, um diamante raro e precioso roubou não só minha alma, porém também meu coração.

No meu coração deformado, brilham três cores que traduzem tradição

De alma lavada, Fluminense sai do campo vitorioso e fora da zona de rebaixamentoPrimeira vez na minha vida que realizo um grande sonho, que é ver o time do meu coração em campo no Maracanã. Primeira vez não só no maracanã, mas sim pessoalmente sem ser na televisão. O jogo se iniciou as 17:00h, porém as 12:00h estávamos saindo de casa. Eu, Nane, o Pai da Nane e a Aline. Chegamos impacientes e ansiosos para poder ver os jogadores, que um tio da nane como roupeiro do fluminense, ia conseguir colocar-nos no vestiário para falarmos com eles, porém o time chegou atrasado e não foi possível, a não ser a minha câmera digital que passeou nas mãos dos jogadores no vestiário e que rendeu várias fotos.

Começa o jogo e a emoção bate forte, fazendo meu coração pulsar mais rápido. Aos cinco minutos do primeiro tempo um gol do Allan, para mim era como se o jogo não tivesse passado nem um minuto, mais cinco já haviam passado. Ficamos logo atrás do goleiro do Vitória, nas cadeiras comuns de cores azuis, o que nos deu um privilégio enorme em ver está grande proeza. Pulava de alegria e gritava com o máximo da minha voz e enquanto ainda gritava outro gol havia sido feito. Felicidade ao extremo, nem sabia e ainda não me informei quem fez o gol, mas a gritaria foi tanta e ainda não conseguia superar a emoção do grande privilégio de assistir ao segundo gol bem de perto.

O primeiro tempo passou bem rápido, pois quando em casa 45 minutos pareciam mais de 1 hora, lá no maracanã, parecia que só havia passado 20 minutos. No intervalo não fiz nenhuma questão de levantar para ir ao banheiro ou fazer qualquer outra coisa, emoção era tanta que não deixava fazer nada além de olhar aquele maravilhoso gramado e aproveitava e assistia um senhor bem idoso fazendo embaixadinhas sem parar. O intervalo passou voando e víamos os jogadores do Vitória entrar as vaias da torcida tricolor.

Naquele momento, para mim não importava mais nada, além dos 45 minutos maravilhosos do primeiro tempo que já havia passado ali. E quando menos esperava, um terceiro gol do Fluzão.... Gollllllllllllllllllll..... Não parava um minuto e quase invadi o campo, mas olhei bem e vi dois guardas com cachorros na coleira e parecendo serem bastante bravos, desisti! Além dos gritos de felicidade após o gol também havia os gritos, não só meus e sim de toda a torcida, ao ver o placar no telão do botafogo perdendo para o Atlético PR e o Coritiba para o Cruzeiro. O que fazia com que o fluminense sai-se da zona de rebaixamento e ficar em 15º colocado.

Virei para a Nane e falei, o placar não vai terminar assim.
-"Ainda vai mudar", disse.
E ela olhou para mim e respondeu - "Mudar como, especifica".
Eu rindo da sua cara de espanto, lhe respondi -"Mais um gol do Fluzão, é claro".
Ela olhou para minha cara com um ar de mais aliviada e disse, "ahh, sim. Agora sim"

E não é que saiu mais um gol. Não parava de gritar quando derrepente olhei para o campo próximo dos jogadores reservas ao banco e vi a confusão. Comecei a xingar um monte de coisas que não valem a pena serem repetidas no momento. Logo após a confusão e a expulsão do Diguinho e de um jogador do Vitória, o jogo recomeçou, e uns 3 a 5 minutos após o inicio da chuva, acabou.

Com toda certeza esse foi o melhor dia da minha vida, e infelizmente, quem eu queria realmente que estivesse naquele estádio comigo, assistindo a grande vitória do Fluminense, não estava. Mas onde é que ele esteja agora, sei que está feliz de me ver realizado este sonho. Esta vitória do Fluzão de 4 a 1 sobre o Vitória, dedico a você, meu avô. Que me ensinou a escolher os melhores caminhos da minha vida, dentre eles, torcer para a melhor e mais bonita torcida do mundo.

Fluminense, amor eterno! Sou tricolor de coração ♫

Placar do Brasileirão: 2º divisão vai tomar no !

Um olhar para si mesmo

A critica da minha vida.

Reparando atos e algumas ações, fui percebendo que nada teve importância.
Pra que desprezar quem tenta ajudar? Minha vida toda foi assim.
Quando diziam “Não faça isso”, simplesmente por teimosia eu fazia.
“Coisa de adolescente”, diziam. Porém, agora percebo que não e discordo.
Fazia com que pessoas ficassem com pena de mim e me martirizava.
Chorava por quem não devia chorar e às vezes chorava por nada.
Forçava situações desnecessárias e acabava tentando ser sempre o certo.
Não reconhecia o erro, mesmo sabendo que estava errado.
Ouvi musicas melancólicas em momentos felizes e ri em momentos tristes.
Desabafei com pessoas erradas e me privei de pessoas que só queriam o meu bem, usando-as.
Pulei fora do barco, deixando amigos afundar, enquanto os via pedindo ajuda.
Enfim...
Não fiz nada de interessante na minha vida e não sei se realmente farei algo que não venha somente a partir do meu interesse. Acho que a critica da minha vida é um grande fracasso, não dei valor as coisas que realmente são importantes para mim e não me importei com os meus próprios valores. Rebaixei-me a mal dizer do que acontecia na minha própria vida e praticamente me humilhei aos olhos de quem me via. Tudo por miseras migalhas e que nunca irão fazer com que retorne o erro. Tento concerta-los, mas sei que será difícil apagar o passado da lembrança. Vendo aquele retrato em meu quarto de quando era criança, penso que se era feliz naquela época, por que tudo tem que ser diferente agora?
Responsabilidade veio rápido e foi difícil me acostumar com uma porrada de uma vez só. Cresci e amadureci depressa e não me importei com a minha infância, perdendo o melhor da vida.
“Suplício” pra que, em prol de quem?
Paixões vêm e vão, mas acho que não pertenço a ninguém. Um pássaro livre que foge enlouquecidamente da gaiola, e que quando se encontra na porta, é capaz de escapar para nunca criar um ninho. Acho que minha vida é isso. Gira em torno de suplícios e suplícios em prol de nada, simplesmente para demonstrar que estou vivo e que posso sofrer, mesmo não sofrendo.

No meu ponto de vista, a critica da minha vida seria uma grande merda, sendo eu o Filho da Puta que sou!
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Ainda sou teu

Quando olhaste nos olhos meus e percebi que seu olhar era de adeus, juro que não acreditei.
Estranhei-te e fui debruçando em seu corpo duvidando, me arrastando, te arranhando e me agarrando em seus cabelos, no seu peito, no seu pijama, nos teus pés ao pé da cama.
Sem carinho e sem coberta, no tapete atrás da porta, reclamando baixo fiquei.
Dei pra mal dizer do que ocorria no nosso lar para sujar teu nome, te humilhar e me vingar a qualquer preço, mesmo ainda te adorando pelo avesso e tentando provar que ainda sou teu.



Baseado na letra de musica “atrás da porta de Chico Buarque, interpretada por Elis Regina”
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Feliz anivérsário "Pequena Notável"

..........................................................................Alguém que te faz sorrir... ♫

Naneә Castro, garota especial demais em minha vida e que sempre irá estar em meu
Ficando mais velha neste dia 23 de novembro, completanto 19 anos de vida, ainda pequeno o tempo que viveu, que nem o tamanho dela, irá chegar aos 100 juntinho comigo e a káh.. um pertubando o outro, jogando basquete, comendo sempre no NoÔ, assistindo filmes em casas diferentes e tomando banho de piscina. kkkk

Bom, minha trajetoria com essa garota maravilhosa e grande amiga se iniciou na 5ª série no Colégio Antonio Huback. Sempre andava eu, ela e Dany Motta. O tempo foi passando e numa grande correria, já estavamos na 8ª série.

A lixeira
Me lembro bem o ultimo dia de aula da 8ª série, quando num momento subito da turma de zoação, jogaram uma lixeira lá pro fundão, onde obviamente eu estava. Logo em seguida joguei novamente na cabeça desta menina brilhante que ficou enfurecida, mas como diz o chaves "Foi sem querer, querendo", desculpa Nane.

Chegando 1º ano do ensino médio a turma da tarde se juntou com a turma de manhã, foi quando a fantasminha entrou como aluna nova, Joyce Augusto. A Dany tinha saído e agora o trio era diferente. No segundo ano a Karen se juntou com o trio, pois no 1 ano ela ficou em uma sala diferente, ela era da 1001 e nós eramos da 1002. O tempo passou e a amizade foi fortalecendo mais e mais, o que era um trio, se tornou um grupo. Agora era Jefferson, Elaine, João Marcos, Káh, Wesley (ou Joesley como a Elaine costuma dizer) e Joyce.

F.R.I.E.N.D.S
O 3º ano passou como um foquete e estavamos prestes a nos formar, eu como sempre sentimentalista, chorei 13 dias antes de acabar as aulas (Foi a treva), todo mundo ficou me zuando.

Hoje, depois de tudo que passamos juntos, ainda estamos unidos, mais do que antes e construindo o nosso futuro, cada um com uma pequena participação no futuro do outro. Por causa dessas pequenas participações que fiz esta homenagem a minha "Pequena Notável" pelo seu 19º aniversário, que será um dos muitos que já passamos juntos e dos muitos que ainda irão vir.

Te desejo toda a felicidade do mundo, não somente neste dia do seu aniversário, mas em todos os dias da sua vida. Saiba que sempre pode contar comigo.
Bjus e Te adoro

Por onde quer que eu vá vou te levar pra sempre, a vida continua, os caminhos não são tão simples, temos que seguir... ♫

P.S.: Da unica pessoa que consegue te fazer chigar...
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A voz do Povo

Solano Trindade, o poeta do povo e um escritor negro, que deixou uma grande presença no Brasil, principalmente em São Paulo na cidade de Embu, onde criou um pólo de cultura e tradições afro-americanas. Um dos poetas da resistência negra e que carregava em sua pele as motivações de sua luta, declamando em seus versos a realidade do povo, as mazelas de um país adepto ao racismo. Filho de Francisco Solano Trindade e Emerência Maria de Jesus Trindade, conhecida como Quituteira Merença, ele nasceu em 24 de Julho de 1908, no bairro de São José, no Recife, Pernambuco. Era poeta, pintor, teatrólogo, ator, escritor e folclorista.

Sua luta não foi somente contra o racismo, e sim pelos direitos de todos. Uma batalha contra a fome, a miséria da população. Solano escreveu em um de seus poemas: “Uma negra me levou a Deus e outra me levou para a macumba”. Em seu primeiro casamento ele se tornou evangélico devido sua esposa ser presbiteriana, e no seu segundo casamento como sua poesia diz, sua esposa o levou ao candomblé. Porém mesmo com passagens nessas religiões, se declarava ateu.

Passou por vários lugares no Brasil, dentre deles: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio Grande do Sul, Pelotas, Rio de Janeiro e São Paulo. Escreveu dois livros, dentre eles o “Poema de uma vida Simples” onde tinha os versos da poesia ‘Tem gente com Fome’(Trem da Leopoldina) que o levou a prisão pela segunda vez na ditadura Militar do Estado Novo, sendo na primeira quando estava em um comício. Tornou-se Militante comunista assim que chegou ao Rio de Janeiro, no meado da década de 40, logo após ter se filiado ao Luiz Carlos Prestes.

Próximo ao fim de sua vida, desligou-se das atividades políticas devido os correligionários dele acharem que o problema do negro era só econômico e não racial. Entretanto falecerá socialista no Rio de Janeiro, em 19 de fevereiro de 1974. Solano faleceu, porém sua obra continua viva, na pele de cada brasileiro. “Um homem com idéias modernas, sensíveis aos sentimentos da população e que apesar de ter um conhecimento intelectual ou facultativo, ele faz a escolha de defender o povo que não teve muitas oportunidades na vida, com um conhecimento aberto e múltiplo de todos os segmentos populares”, depõe Ivone Landim, professora de Literatura e idealizadora do Grupo Pó de Poesia, em prol de Solano Trindade.

Leia abaixo o seu Poema “Tem Gente Com Fome”:

Trem sujo da Leopoldina / Correndo Correndo/ Parece dizer/ Tem gente com fome/ Tem gente com fome/ Tem gente com fome
Piuiiii
Estação de Caxias/ De novo a dizer/ De novo a correr/ Tem gente com fome/ Tem gente com fome/ Tem gente com fome
Vigário geral/ Lucas/ Cordovil/ Brás de Pina/ Penha Circular/ Estação da Penha/ Olaria/ Ramos/ Bom Sucesso/ Carlos Chagas/ Triagem, Mauá/ Trem sujo da Leopoldina/ Correndo Correndo/ Parece dizer/ Tem gente com fome/ Tem gente com fome/ Tem gente com fome
Tantas caras tristes/ Querendo chegar/ Em algum destino/ Em algum lugar/ Trem sujo da Leopoldina/ Correndo Correndo/ Parece dizer/ Tem gente com fome/ Tem gente com fome/ Tem gente com fome
Só nas estações/ Quando vai parando/ Lentamente começa a dizer/ Se tem gente com fome/ Dá de comer/ Se tem gente com fome/ Dá de comer/ Se tem gente com fome/ Dá de comer/ Mas o freio de ar/ Todo autoritário/ Manda o trem calar
Psiuuuuuuuuuu.
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Candomblé à francesa


O candomblé tem raízes milenares e chegou ao Brasil pelas mãos dos escravos vindos da África, trazidos pelos portugueses. Naquela época, o candomblé foi proibido e até 1946 foi considerado crime. Para continuarem cultuando sua religião no Brasil, os escravos tiveram que usar o sincretismo dos orixás (guardião de cada existência humana) com os santos católicos, colocando no mesmo altar Ogum e São Jorge, Oxum e Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora Aparecida, Oxossi e São Sebastião, entre outros.

Durante todo esse tempo, só sabiam dos ritos que ocorriam dentro do Candomblé as pessoas que o freqüentavam, o que acabava gerando inúmeros mitos sobre o que acontecia dentro dele. Os rituais religiosos eram passados de Babalorixás (Pais de Santo) ou Iyalorixás (Mães de Santo) para os filhos que frequentavam o Ilê (casa de santo ou terreiro). Porém, as coisas foram evoluindo e a maneira de se passar tradições religiosas mudaram, coisas que eram passadas apenas oralmente de pai para filho, agora também são passados a partir da escrita e do audiovisual.
Um grande exemplo disso é a escritora e Iyalorixá Giséle Omindarewá Crossard, 87 anos, que publicou vários livros divulgando a religião afro-brasileira, como “Awô: O Mistério dos Orixás”. Publicado em 2007 pela editora Pallas, suas 216 páginas relatam os mitos e lendas dos orixás, os rituais sagrados dentro do ronkó (quarto de santo onde se recolhem as pessoas para obrigações de tempo de santo ou iniciação) e outros detalhes desta religião que para muitos ainda é um mistério e que por isso é alvo de muitos preconceitos.

Primeira estrangeira a se tornar mãe de Santo no Brasil, sua trajetória se iniciou no final dos anos 60. Na época esposa de um embaixador francês, ela foi a uma festa de candomblé a convite de sua empregada, em Duque de Caxias. Era dia 5 de dezembro de 1959 e na noite anterior o terreiro fizera uma festa em homenagem a Oyá (orixá feminino, dominadora dos raios, ventos e tempestades). Giséle era católica e não tinha nenhuma ligação com a cultura africana, mas desde o momento que entrou naquele lugar soube que dali para frente sua vida seria diferente. “Quando os ogãs tocaram para Yemanjá, eu me senti estranha e fui parar no chão, sem consciência”, conta ela em entrevista por e-mail.

Giséle havia “bolado no santo” (quando um determinado orixá escolhe e mostra para todos os presentes que você está sendo indicada para ser iniciada). “No início resisti, mas, após constantes dores de cabeça, acabei cedendo”, lembra. Assim, ela foi iniciada no santo pelo famoso Babalorixá Joãozinho da Gomeia. Após 21 dias de recolhimento dentro do ronkó, nasceu para outra vida e dentro da casa de santo deixou de ser conhecida como Giséle para ser chamada por sua digina (nome dado à pessoa quando se inicia para o santo): Omindarewá, que significa “água límpida”.

Giséle se separou, passou uma temporada na França e em 1972 voltou para trabalhar como conselheira pedagógica do Serviço Cultural Francês. Quando voltou, Joãozinho já havia falecido há um ano e a ex-embaixadora estava decidida a manter-se afastada do santo. Entretanto, sofreu um grave acidente de carro e foi levada pelo antropólogo Pierre Fatumbi Verger, igualmente francês e ligado ao santo, à casa do babalorixá Balbino Daniel de Paula, que se propôs a ajudá-la. Onze dias depois do acidente, era aniversário de seu santo e ele fez questão de preparar oferendas a Yemanjá – seu santo de cabeça. Mesmo sem poder se mexer, o orixá veio e dançou em seu corpo, deixando Balbino encantado por seu santo.
Ela acabou dando continuidade de sua vida de santo com Balbino de Xangô e hoje tem uma casa de santo chamada “Ilé Àsé Ìyá Atara Magba”, na Rua Almirante Tamandaré, nº 8, Parque Eqüitativa, localizado em Santa Cruz da Serra. Michel Dion lançou um livro falando sobre ela, também da editora Pallas, que se chama “Omindarewá: Uma francesa no candomblé”. E este ano estreou o filme "Giséle Omindarewá", na Maison de France (RJ), um evento inserido nos festejos do ano da França no Brasil.

Viva o comunismo!

Porque não há mais revoluções?
Onde estão as lutas por um país justo, sem misérias, sem violência e sem o descaso das autoridades?
Olhem para trás e lembrem-se da luta travada contra a ditadura militar e lutem da mesma forma pelos seus direitos e o respeito dos mesmos.
Para frente Brasil.
Só a união do povo brasileiro irá fazer com que o país mude para melhor. Não depende apenas de mim ou de você, depende de todos nós.
Muitos morreram lutando pelos seus direitos e para termos a vida que temos hoje, uma vida mais digna. Honrem seus ancestrais que tanto lutaram para que você tivesse uma qualidade de vida melhor do que tiveram.
Vamos à luta com muita garra e coragem.

Pularei

Estou em cima do telhado,onde o ar é tão frio e tão calmo. Digo coisas em silêncio, porém não quero ouvi-las agora.
Daqui vejo os olhos da cidade, que estão contando as lagrimas que caem, sendo que cada lagrima é uma promessa que nunca saberei.
Grito durante a noite para que nada se torne real. Vejo luzes que não iram me guiar, pois estão me enganando.
Não irei deixar as lembranças irem embora. Mesmo abrindo meus olhos não consigo lembrar o porquê?
A chuva cai lentamente e apenas não consigo senti-la mais. Em algum lugar lá em cima, me perdi na minha própria dor.
Sonho com o fim, para tudo começar de novo, pois não sei por quanto tempo conseguirei me segurar com força.
Se nada me fizer voltar atrás, pularei.

Tornei-me o que repugnava

Quem nunca mentiu?
Quer dizer mentir não, apenas omitir fatos que não irão fazer muita importância, coisas abstratas.
Quem nunca Julgou?
Julgar atitudes de outros e que as vezes fazemos a mesma coisa ou até pior.
Quem nunca traiu?
Quer dizer trair não, apenas dar um pulinho na cerca.
Eu questionava essas perguntas, repugnação em apenas ouvir alguma dessas coisas.

Ontem...

Julguei varias atitudes
Sentenciei mentiras
Exprimi pensamentos
Servi de intermédiario
Passei por louco
Me tornei prisioneiro
De coisas abstratas
E fiquei destraido

Depois te tanto falar
E sem perceber
Julgando demostrações
Olhei-me no espelho e vi
Que me tronei o que repugnava.
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Pegou Fogo o Cabaré

Várias performances ocorriam simultâneamente no palco e no meio dos convidados durante a festa de encerramento da oitava edição do encontrarte. Em um determinado momento da festa, para ser mais exato logo após o desempenho da cantora Fernanda Moraes, entra em cena a grande performance do Studio de Dança Valéria Brito. Olhares fixados no palco prestando atenção em cada movimento feito pelos seus seis bailarinos e ao mesmo tempo ao chão onde estava a ilustre Valéria Brito em sua performance na modalidade de jazz, com uma cadeira ao chão, onde durante determinadas partes da coreografia Valéria se sentava e assistia seus bailarinos dançando. Ao embalado som da musica hush hush (I will survive) das pussycat dolls, o grupo colocou fogo ao cabaré, que já estava fervendo, deixando o ar com um clima de boate e afetando todos que os assistiam. Não se via uma pessoa parada, todos ficaram contagiados com a apresentação que ao término deixou em muitos um gostinho de “já acabou, quero mais”. Um corre-corre para trocar de roupa e descer para curtir a festa, dançar não era com outras pessoas a não ser com eles. Mesmo que sua performance já tivesse sido apresentada, queriam dançar mais e dar um grande show. Este foi o clima da festa em comemoração pelo grande sucesso que foi o encontrarte.

Valéria Brito, representante do grupo, já vem participando do encontrarte há cinco anos e acha muito gratificante esta iniciativa em trazer a cultura de maneira gratuita para as pessoas aqui em Nova Iguaçu, reunindo os artistas como um todo, misturando teatro, dança, musica, enfim a arte em geral. Dona de uma academia de dança em Nilópolis que dá aulas de jazz, ballet clássico, ballet contemporânea e dança afro, vem trilhando sua grande carreira no mundo da dança desde os seis anos de idade. “Entrei na dança meio que por acaso a pedido do meu pai, para modificar minha postura devido ser muito moleca e adorar soltar pipa e jogar bola com meu irmão”, brincou.

Trabalhando com dança a 26 anos, sendo quatro anos com outras academias em que deu aulas e há 22 anos com sua própria academia. Sempre recebeu muitas homenagens e tem na casa de sua mãe duas salas cheias de prêmios, em especial um que receberá neste ano pelo dia internacional da mulher, organizada pela ONG CIAFRO localizada em Nilópolis e que dedicará a sua avó. “Meus pais sempre me apoiaram muito em minha carreira, porém eu tenho um carinho em especial pela minha avó que sempre acreditou em mim e batalhou para que chegasse aonde cheguei hoje”, contou emocionada.

Com muitos trabalhos no currículo, foi dançarina do programa “Domingão do Faustão” durante quatro anos, participou do quadro dança dos famosos, foi dançarina da Xuxa durante seis anos, dançarina da Angélica, Wanessa Camargo e tem uma ala coreografada na G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis há 19 anos, além de participar de vários eventos como as amostras de dança na Rio Sampa, que participa desde a primeira edição, o festival de Dança de Nova Iguaçu e entre outros. Em sua academia também trabalha com crianças especiais dando aulas duas vezes na semana durante uma hora e meia cada aula. “Trabalho com elas da mesma forma que com os outros considerados “normais”, porém com eles tem que ser tudo em longo prazo por causa da dificuldade de coordenação motora, mas com amor, calma e carinho, você chega lá”.

A coreografia que escolheu como performance para o encerramento do encontrarte, já existia, criada por ela mesma, e inclusive ganhou prêmio de 1º lugar no festival de dança de Nova Iguaçu, organizado pela Academia de Dança Tereza Petsold. “Quando fui convidada para participar do evento fazendo uma homenagem a Rogéria, não precisei nem criar uma coreografia especial, pois não tinha outra coreografia que se encaixava perfeitamente para está homenagem a ela”, disse.

Quem assistiu a este espetáculo, com certeza reparou na parte em que um de seus bailarinos fez parecidamente o desempenho do filme “Cruzeiro das Loucas”, no momento em que Jerry, personagem representado pelo ator Cuba Gooding Jr., dança um Drag Dance com a musica “I'm Coming Out”. Depois de uma empolgante apresentação como está que finalizou a noite de encerramento do encontrarte 2009, a própria musica fala “Não há nada mais para dizer, Hush Hush”.
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Meio louco, porém arte.

Perante muita correria e arrumação, as únicas pausas eram para dar uma olhada no tempo. Devido as condições temporais, a performance foi adiantada. Porém já ventava muito, o que atrapalhava a apresentação. Mesmo com as más circunstancias, não parava de chegar pessoas e que ao entrarem no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, se encantavam com a cena que se prosseguia. Ao término de toda intervenção, uma única pergunta foi feita.
- Mesmo com está ventania o publico conseguiu assistir direito?
Uma resposta trouxe muita satisfação a quem fizera a pergunta e que naquele momento já estará cansado de tal feito.
- Claro. Seguramos a tela o tempo todo para o vento não atrapalhar e com isso tudo ocorrerá bem.
Uma sensação de alivio e de trabalho bem feito sentia Anderson Lima após seu desempenho na oitava edição do encontrarte.

Usando vários meios de linguagens artísticas e tendo como base o desejo de um personagem em externar a necessidade de transformação da consciência humana para uma conexão com o mundo meta-físico, o único audiovisual escolhido como performance desta edição do encontrarte arrancou aplausos da multidão que se aglomerava no Espaço Cultural de Nova Iguaçu.

O grande desejo deste personagem surgiu devido à percepção de que o tempo do mundo está se esgotando para a mudança e acaba gerando dentro dele uma angústia em conseguir passar a mensagem com clareza e a tempo, tornando a figura humana em cena forte para a luta e com uma energia de sedução, chamado e alerta. Com a ajuda de Caetano Pires, Anderson, consegue passar para o publico uma visão de mundo mais contemplativa.

A Cia. Silan, nome pessoal proveniente da cabala, utiliza o vídeo-dança “Sinais” para expressar os sinais do tempo, o que está acontecendo em nossa volta e apresentando possibilidades ao alcance de todos a partir dos conceitos simbólicos místicos da cabala clássica e pelo video get stupid de Madonna, com movimentos que mostram um corpo físico buscando inspirações superiores para alcançar a mudança de consciência. “Um nome meio louco, mas é arte”, brincou Anderson.

Existente há sete anos e composta por quatro pessoas, a Cia. recentemente vem utilizando várias linguagens em um único trabalho, misturando a dança, musica contemporânea e o vídeo. Projetado especialmente para o encontrarte, o vídeo, já está fazendo tanto sucesso que será apresentado no dia 24 de outubro no Espaço Cultural de Nilópolis, porém quem não puder comparecer ou se a curiosidade falar mais alto, pode assisti-lo clicando aqui.
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Você faz isso!

Mesmo que diga a cada minuto que me ama
Sinto-me como se nunca tivesse ouvido isso de sua boca
Mesmo que te beije todos os dias
Sinto-me como cada beijo ainda fosse o primeiro
Mesmo que te veja todos os dias
Sinto-me como nunca esteja presente e se afaste cada dia mais
Mesmo que tenha você em meus braços
Sinto-me como se te perde-se a cada momento

Medo de Perder
Medo de Sofrer
Medo de Amar
Ou simplesmente gostar.

Sinto-me fraco
Mesmo que esteja forte
Sinto-me só
Mesmo com você ao lado

Medo... sim!
Pois posso estar afundando em uma ilusão sem fim
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Descobri que te amo!

Toques que arrepiam e deixam o corpo tremendo de prazer
Sentimentos misturados num só
Beijos macios e quentes
Mordidas picantes e suspirantes
Frio e ao mesmo tempo quente
Alegre e ao mesmo tempo triste
Me faz lembrar cada momento
Sem cair nada no esquecimento
Noite de amor e caricias
Real, porém parecendo fantasia.

Sinto a cada dia falta dos seus beijos
Mesmo que amanha beije seus labios
Os toques que me arrepiam rapidamente
Essas mordidas ardentes
Sinto falta de você, mesmo com você ao lado
Sinto falta de você, querendo ficar abraçado
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Entre olhares tecnológicos

Paro e observo você atentamente do outro lado, filmadora nas mãos não deixando passar nada despercebido. Olhares fixados na imagem perfeita para não perder nenhum momento importante, tudo a sua volta some e só vejo você no momento.
Olhos de cameras se entrelaçam por um determinado instante, paro e vejo que percebeu. Não só olhares tecnológicos, mas também olhares humanos que se cruzam a todo tempo, perdidos em determinado momento, se encontrando na tecnologia.
Olhares digitais, que se perdem e se acham no decorrer de uma história, que se unem e se afastam com pouca demora, tudo para não perder nada de importante neste momento súbito interessante onde um olhar diz tudo.
Mesmo que olhares humanos não se cruzem a todo tempo, cameras e filmadoras registram olhares tecnológicos intensamente entre elas mesmas se encontrando na multidão.
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Diga que não sou eu!

Aqui, agora e sem muita demora
Escrevo estas coisas que falam
De um sentimento no meu coração
Que não veio em vão.

Fala que não sou eu
Que escrevo coisas assim
Porém agora estou aqui
E não tem como mentir

Veio e ficou em minha vida
Paixão jamais esquecida
Me devora silênciosamente
Vendo cada partida

Agora diga que não sou eu!
Depois deste momento
Que me deixa loucamente
Apaixonado por você

Agora diga que não sou eu!
Pois juro que te bato
Mesmo me arrependendo depois
Vendo este seu sorriso encantador.

E agora, vai dizer que não sou eu?
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...Tentando escrever...

Paro, olho para o lado e tento escrever...
Não consigo.
Levanto, bebo uma água e pego um ar
Volto a escrever...
Nada de novo.
Algo criativo como antes?
Sim, não deixa de ser.
Algo parecido comigo?
Claro. Porque não?
Volto para minha cama
Caneta e papel na mão
Porém nada vem a cabeça.
... Enfim algo...
Consegui, escrevi alguma coisa,
Mas está da mesma forma de sempre
Nunca sai nada diferente
Muda-se as palavras,
Mas não muda o sentimento.
Volto a escrever?
Sim.
Hoje voltei a escrever
Porém tudo que escrevo é sobre você.
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Confissões de um adolescente / 9 horas

Confeso estou gostando
E não sei como aconteceu
Ainda estou pensando
No beijo que você me deu

Em uma noite tão perfeita
Nada melhor podia ter acontecido
Te quero ao meu lado
Mesmo que seja como amigo

Chegou, marcou, ficou
Motivou meu bem-estar
Confeso novamente, gosto
E sempre irei gostar

Depois de tudo que aconteceu
Agora só fico pensando
Não sei bem ainda ao certo
Porém acho que estou te amando!
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Noite perfeita!

Como prometi vou postar esta noite incrivel que ocorreu comigo neste ultimo dia 29 pra 30 de agosto. Noite perfeita só se ocorre com belas e maravilhosas companias e as vezes apenas uma basta. Varias confusões que não valem a pena serem lembradas, a unica coisa que importa é bem representada pela musica de Renato Russo "Não foi tempo perdido" - E concerteza não será.
Te adoro.
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Muito mais que um filme

Os comerciantes do 2º piso do Center de Nova Iguaçu reclamam de poucos clientes e a baixa movimentação devido ao cinema pornô.

Local de exibição de audiovisuais de gênero pornô, o Center de Nova Iguaçu passa por um sério problema relacionado a seus comerciantes no 2° piso do Shopping. Devido ao publico que freqüenta o segundo andar serem de caráter vulgar e estarem ali para somente fazer sexo dentro do cinema, a maioria dos clientes que acompanhavam os bares, pararam de freqüentar o local devido tamanha obscenidade que ocorre no lugar. “Quando era um local familiar o segundo piso tinha movimento, agora esse cinema virou um puteiro e aqui quase ninguém freqüenta mais”, conta Vera, que preferiu não informar sobrenome e trabalha no local há 20 anos.

Hipólito Leon Alves, 48 anos, freqüenta o bar de Dona Vera, porém não com muita freqüência devido ao cinema pornô. Os filmes que são exibidos têm gênero heterossexual, mas o publico que o freqüenta são homens homossexuais e travestis. “Se você for se informar na bilheteria eles irão dizer que freqüenta homens e mulheres, portanto é tudo mentira; Passam como se aqui fosse um lugar bem influenciado, porém até menores de 18 anos entram no local” afirmou.

Ao lado da entrada do cinema existe um bar que apesar de tudo, tem um pouco de movimento. O bar pertence à Cleide dos Santos Alves que se sente muito prejudicada por que a cada dia o número de clientes vem diminuindo e o 2° piso vai perdendo o seu valor. “Às vezes essas pessoas que freqüentam o cinema acham que só por que o Center é um ambiente de nível baixo o meu bar também é, e vem querendo fazer obscenidades dentro do meu estabelecimento que me deixa com muita raiva” disse muito exaltada.

Pessoas passam pelo center a toda hora, porém são poucos os que sobem para o 2° andar por causa de sua fama e isso acaba prejudicando os comerciantes que ali trabalham. Joice Ferreira da Rocha que trabalha ali há oito meses é considerada novata por todos, espera a melhora do ambiente que acha repulsivo. “O que acho estranho, é que o síndico não permite colocar-mos som nos bares, porém permite este cinema pornô que se fosse somente para assistir o filme estaria tudo bem, mas é muito mais que isso e a safadeza rola solta com prostituição de travestis e muito mais”, disse Joice.
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Entre sexo e pagamentos

Sexo é uma coisa normal onde todos os seres humanos da terra o praticam e uma opinião particular minha e acho que prevalece também com maioria das pessoas, é que todos eles adoram. Alguns o fazem pouco, apenas em comemorações especias como aniversário de casamento!; outros já o fazem uma vez ao mês; alguns já fazem semanalmente, enquanto outros variam nas variás vezes durante a semana.

Nada de anormal existe nisso. Porém sexo tem que ser feito para o prazer de ambos e não como uma maneira de se ganhar dinheiro. E por isso e outros motivos que o Center de Nova Iguaçu ainda está em funcionamento com Filmes Pornôs, onde apesar de os filmes serem para um publico heterossexual, as unicas pessoas que frequentam o local são homens homossexuais e travestis.

Espaço de exibição de filmes bastente polêmico e com muita gente que sente nojo de chegar perto do determinado local, porém não é exatamente neste assunto que eu quero falar agora. O tema que quero abordar neste determinado momento, é o de vários travestis se prostituirem dentro do cinema passando somente de calcinha pelos corredores a procura de clientes. E o que não faltam para eles é cliente, pois a unica coisa que rola lá dentro, é sexo.

Não existe nenhum interesse de seus frequentadores pelo audiovisual exibido pois os travestis estão muito ocupados fazendo seus programas dentro do banheiro e os homens sentados, que por um determinado momento parecem estar assistindo ao filme, porém estão simplesmente recebendo sexo oral de seus parceiros.

Um simples motel por R$ 7,00, onde este local sujo, sem nenhuma conservação dos seus donos não passa de um local para se fazer sexo e se prostituir denigrindo a imagem do center e a imagem dos comércios que naquele segundo andar existe.

Breve mais matérias em relacionado a este assunto.

Cigarros, cigarros e mais cigarros

Local de trabalho, pequeno e ofegante. Meio estressante porém os amigos de trabalho ajudam a superar as coisas chatas do dia-a-dia, distraindo e conversando sobre coisas muito importantes (rsrs).
Uma bela vista quando se olha para prefeitura. Um grande ambiente onde varias pessoas estão trabalhando e fazendo com que jovens e adultos fiquem juntos e misturados.
Mas não é neste ponto que quero chegar. Local de trabalho, Secretaria de Cultura, na sala da comunicação. Localizado no terceiro andar da prefeitura. Quem entra na prefeitura ve um ambiente meio que limpo com plantas no centro. Ambiente aconchegante.
Porém, como sempre costumo dizer, tudo vem um "Mas". Então vamos a ele. Mas a prefeitura tem um sério problema em relação aos fumantes desse terceiro andar, quer dizer, todos os fumantes da prefeitura vão para o terceiro andar.
No local onde está descrito na foto, onde temos de modelo nossa querida colega da secretária de cultura Sandra (rsrs), possando para foto com um modelito bastante convencional e seu cigarrinho de preferencia.
Esquecendo os detalhes de nossa grande modelo, vamos ao que interessa. Neste exato local, varias pessoas se encaminham até lá para tirar alguns minutos de descanso do trabalho e simplesmente começam a fumar, até ai tudo bem. Porém, todos que vão até este local fumar, mesmo com uma lixeira, que não é nada pequena, ao lado, jogam o lindo cigarro pela janela e deixam um local ao lado da prefeitura, que serve como estacionamento para os mesmos que trabalham lá dentro, cheio de "guimba" de cigarro; Poluindo o local.
Enquanto todos os restos dos cigarros fumados por todos vão parar neste local, onde nenhuma sujeira é encontrada no chão a não ser um monte de cigarros, a "pequena" lixeira ao lado onde todos fumam, passa despercebido sem ninguem ve-lá e sem um simples cigarro dentro dela.
Sabendo disso, resolvi fazer esta matéria para alertar as pessoas que trabalham neste local que não é necessário que joguem seus cigarros assim que terminarem pela janela, e sim que assim que terminem, joguem na PEQUENA lixeira ao lado. Vamos manter o local limpo dizendo não a Poluição.
O QUE VOCÊ ACHA SOBRE O ASSUNTO E SOBRE A GRANDE ATUAÇÃO DA NOSSA QUERIDA MODELO SANDRA?

Andando/Sampa/Uma Noite

Te vi e voltei na mesma hora
Te perdi mas depois lhe achei
Naquele momento a loucura parecia normal
Sem rumo, não sabendo o que aconteceria

Andando, andando e andando
Achou?
Não, infelizmente ainda não
Que foi isso?

Susto, coisa estranha
Não para!
Vamos estou com medo
Sim, já que não quer aqui

E agora, será?
Otimo, lugar perfeito!
Isso nunca aconteceu
Vamos sair daqui!

Agora acho que foi!
Estou indo a loucura
Ops, tem um maluco fumando maconha
Vamos sair de fininho (corre)

Que estranho este lugar
Aqui acho que vai
Vai não, já foi!
Otimo, de novo?

Não dá, tenho que ir
Andando, andando e andando
Vou prá lá!
Também!

Noite incrivel, gostou?
Adorei, pena que é apenas esta noite!


Dedicado a MPS
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Perdido a sua procura


Olho para o passado e vejo muitas coisas felizes e outras muito tristes.
Pessoas que se foram e nunca mais iram voltar
Outras que se foram e não sei por onde está
Umas continuam mais não sei o porque
Outras me fazem lembrar por que deixei você
.
Sonhos perdidos de acordo com o tempo
Lembranças perdidas perante meu alento
Tento não parar para pensar mais
Pensamentos as vezes machucam demais
.
Vejo na estrada os meus sonhos futuros
Alguns se perdendo e novos se criando
Olho para as estrelas e vejo coisas
Tento entender porém não consigo
Porque se foi e não me levaste contigo?
.
Aqueles olhos que nunca irei esquecer
Seu sorriso que me encantava em cada entardecer
Suas fotos se perderam junto com meu coração
E hoje não sei por onde estão.
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Pais e Filhos

Recentemente, assistindo ao Fantástico, não assisto ao programa, mas a pauta chamou muito minha atenção. Passou uma entrevista onde o assunto abordado, era sobre a influência dos pais na profissão dos filhos, relatando o caso da novela “Caminho das Índias” que a filha de Opashe fugiu para tentar seguir o sonho dela e não se casar forçada e fazer o que não queria.
Isso chamou muito a minha atenção, pois é um caso em que realmente acontece na vida real, e o mais intrigante é que se parece muito com o meu relacionamento familiar. Na entrevista, como exemplo de casos reais parecidos com o da novela, o fantástico falou da história de Vanessa da Matta em que os pais queriam que ela fosse médica mais ela não gostava da profissão e ainda quando adolescente saiu de casa com a desculpa de estudar medicina em São Paulo e acabou cantando em barzinhos à noite e hoje é uma ótima cantora.
Também foi retratado o caso de um bailarino que o pai não queria o deixar seguir esta carreira de jeito nenhum, então o filho fugiu de casa ainda adolescente para seguir seu sonho. Passava fome para poder arranjar dinheiro da passagem para ir trabalhar e com todo esforço e força de vontade, hoje é um grande bailarino que é reconhecido por muitos no meio.
Esses casos se parecem comigo e despertou tanto a minha atenção pelo seguinte motivo: Sempre gostei de tudo na área de comunicação e na área de atuação. Quando tinha uns 9 anos, quis entrar para fazer teatro, mas minha mãe não deixou e me questionou até eu desistir dizendo que teatro era coisa de “Viado”.
Houve varias insistências para entrar para o teatro mais acabei desistindo. Agora entrei para o projeto chamado Jovem Repórter da prefeitura e como podem imaginar as coisas não mudaram nada.
Minha mãe e meu pai estão com implicância por eu estar no projeto e querem que eu sai de qualquer jeito, pois eu estando no projeto, quero seguir minha carreira de jornalista e depois fazer artes cênicas, e isso minha mãe e meu pai não querem. Estão me obrigando praticamente a entrar para marinha, sendo que não quero pois se eu entra para marinha, sei que vou ter que desistir dos meus sonhos de seguir minha carreira jornalística e tudo mais.
Em minha opinião, os pais ensinam os filhos varias coisas que eles levaram para a vida toda, mas na hora de escolher a profissão que quer seguir, os filhos tem que seguir seu próprio rumo e fazer as suas escolhas. Quem irá exercer a profissão é ele e não seus pais, por isso ele tem que fazer e exercer o que ele gostar e não o que seus pais querem que ele faça.
A única coisa que fica martelando a minha cabeça repetidamente é:
Até que ponto, a influência dos pais deve interferir na vida dos filhos?
.
Foto: Bruno Miranda, retirada do site "olhares"
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Furacão na Cultura

Secretário de Cultura de Belford Roxo, Rômulo Costa diz que a melhor maneira de se aprender algo é pelo funk
por Jefferson Loyola e Josy Antunes

Uma das autoridades que foi prestigiar a visita do ministro Juca Ferreira à Mesquita foi o produtor cultural Rômulo Costa, que há seis meses assumiu a Secretaria de Cultura de Belford Roxo. Sua gestão tem se pautado pelo objetivo de construir um teatro e um cinema na cidade, além de investir na introdução de oficinas de teatro, dança, música e artes dentro de Belford Roxo. “Hoje a lei só patrocina peças famosas, de atores consagrados, e esse dinheiro não chega à Baixada Fluminense, precisamos de leis que venham facilitar o acesso das pessoas ao cinema e ao teatro”, afirmou ele.

Quase sinônimo da produtora Furacão 2000, Rômulo considera o funk uma maneira de levar coisas boas para a sociedade, tirando os jovens da marginalidade e da criminalidade. “O funk é um ritmo que o mundo está reconhecendo e descobrindo, a juventude se identifica muito com este ritmo”, disse animado. “Temos aula de dança na secretaria de Cultura em que os próprios alunos pedem para que a gente insira o funk. As aulas não terminam se não houver funk”.

Conciliando sua vida de Secretário da Cultura com o sucesso da Furacão 2000, Rômulo usa sua popularidade para trazer investimentos para Belford Roxo e briga para trazer um teatro para o município, que está para ser inaugurado ainda este ano. “Muitas senhoras vieram me agradecer por tentar criar um teatro dentro de Belford Roxo, pois muitas delas achavam que iam morrer sem nunca terem conhecido um”, conta.

Apesar do preconceito ainda existente em relação ao batidão, é inegável a sua abrangência perante a sociedade, gerando inclusão e sem dúvida, diversão. Segundo Rômulo, o ritmo deve ser introduzido como ferramenta de ensino: "A melhor maneira de se aprender algo é pelo funk".

Foto: Aléxia Souza
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Suplício

Ao ver você me sinto bem,
Mas quero mais do que ver
Quero ao lhe ver, te tocar,
Acariciar seu lindo rosto,
Beijar essa sua boca que
Me atenta a noite inteira
.
Tentação barata e lúdica
Me amarra dos pés a cabeça
Me faz delirar ao te querer
E querer para a vida inteira
.
Tudo porque não posso te ter
Ter esse corpo que me atenta
Que me faz arrepiar com um
Simples toque em meu corpo
Querendo você a todo instante
Sofrendo com esta súplica tormenta
.
Venha para os meus braços
Deixe me lhe acarriciar
Mesmo que acabe no mesmo instante
Saberei que lhe tive por um momento.
Foto: Daniel Pedrogam, retirada do site "olhares"
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Preconceito ainda existe

Primeiro dia de aula na Universidade Estacio de Sá, localizada na Barra da Tijuca, sofri preconceito vindo do professor.


Resolvi fazer um curso de férias pela Universidade Estacio de Sá de redação jornalistica. Como o único horário em que eu podia só tinha no Campus da Barra da Tijuca, lá fui eu para fazer o curso.

Entrando na sala de aula, o professor olhou diretamente para mim e se voltou para a turma me deixando falando sozinho enquanto lhe dava boa tarde. Uma boa tarde que foi repetida durante 3 vezes e nenhuma resposta foi dada.

Sentei no primeiro lugar vazio que vi e começei a prestar atenção na aula que tinha começado a uns 5 minutos. Naquele momento ocorria a apresentação da turma, que tinha até o momento 6 alunos.

Terminando a apresentação de todos, o determinado professor olhou para minha cara, sendo que até o determinado momento não me perguntará nada para me apresentar, e disse "Vocês sabem o que é jornalista". Ou seja, as apresentações se encerraram sem o professor se quer perguntar meu nome e a matéria havia começado.

Estava vestido de uma maneira que para muitos é informal. De all star, calça jeans de um modelo rasgado, uma blusa preta da via 13 desbotada e um boné.

Durante toda a aula ele comentou e chamou a atenção de todos, enquanto eu sentado e prestando atenção na aula sem falar nada, pois nem se quer olhar para minha cara o professor olhava.

Isso ocorreu durante toda a aula, de 13:00h até as 17:00h. Num determinado momento ele pediu para todos fazerem uma redação jornalistica e deu um tema. Todos foram terminando e lhe entregando. Ele lia e ressaltava os erros de todos, até os erros de português e de repetição de palavras de um dos alunos que é formado em letras pela Estacio. Chegou um momento em que ele perguntou, " Todos já me deram". Foi quando eu me levantei e disse não. Entreguei a redação a ele, não sei o porque, mas ele fez questão de ler a redação em voz alta para toda a turma.

Terminando de ler, a turma toda olhou para minha cara e ninguém falava nada. Ele com uma cara que nunca irei esquecer, um olhar de surpreso, comentou: "Está otima, não precisa mudar nada".

Não sei bem ao certo se o preconceito era por ser jovem demais em comparação a todos dentro da sala de aula, por morar em Nova Iguaçu e estar fazendo um curso na Barra da Tijuca ou por estar vestido de tal maneira enquanto todos estavam "bem vestidos" em relação a mim.

Isso também não me importa saber, o que realmente nunca irei esquecer, foi a cara de espanto e surpresa dele ao ter lido minha redação jornalistica e a total falta de resposta para ela.
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